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PRESERVAR ÁGUA E BIODIVERSIDADE
Eu, (Nome), cartão de cidadão (n.º) residente em (morada), venho por este meio manifestar a minha DISCORDANCIA e OBJECÇÃO à Central Fotovoltaica de Estoi (CFE) e à localização dos painéis fotovoltaicos entre Cerro do Leiria, Barrocais, Pereiro e Peral, em ambos os lados da estrada N398; que sugere a alteração profunda de 154 hectares de terrenos de reserva ecológica nacional para painéis fotovoltaicos.
Considero que uma central solar neste local seria inadequada devido ao impacte que teria nos ecossistemas, na biodiversidade, no solo, na água e junto das comunidades locais.
A maioria dos terrenos destinados à construção do projeto da CFE faz parte da Reserva Ecológica Nacional (REN), sendo recarga de aquíferos. Esta área do Cerro de Leiria, é a principal zona de infiltração máxima do aquífero Peral-Moncarapacho e abastece de água milhares de pessoas, estendendo-se para além dos limites da sua área de 44 quilómetros quadrados de cavernas subterrâneas.
Os conjuntos arbóreos favorecem a precipitação, baixam a temperatura do ar, contribuem para a retenção de humidade, e porque o inverso também é verdade, parece insustentável o abate e erradicação de milhares de arbustos e árvores com centenas de anos numa zona de captação de água para aquífero. Prevendo-se que o Algarve se torne ainda mais seco nos próximos anos, não será sensata a despedrega e a limpeza destes terrenos, acelerando assim o processo de desertificação e a diminuição da água nos furos locais.
Tal como refere o RNT da Quadrant, empresa contratada pela Iberdrola, o solo é maioritariamente argiloso, o que constitui mais uma razão para que não se proceda à limpeza da vegetação, de modo a manter a sua permeabilidade à água. Atualmente, esta zona de máxima infiltração funciona bem porque as plantas e as suas raízes que cobrem mais de 84-94% do terreno, juntamente com a abundância de rochas e pedregulhos, criam espaços suficientes para que a água se infiltre para o aquífero subterrâneo. A remoção da vegetação e a utilização de maquinaria pesada deixará o solo argiloso compactado e consequentemente impermeável à água.
Até a empresa confirma explicitamente as preocupações com os níveis de água, como o RNT revela na página 43, com a proposta de monitorização de vários indicadores, quer dos níveis de água, quer das características da mesma, durante um período de 3 anos em diversos locais:
– Na captação JCS1 Barrocais, que se localiza fora da área de estudo do projeto fotovoltaico de Estoi.
– O nível piezométrico e obtenção dos parâmetros in situ (pH, temperatura, condutividade)
– O carbono Orgânico Total (COT), Condutividade, pH, Temperatura, Sólidos Suspensos Totais (SST), Zinco, Cobre, Chumbo, Cádmio, Crómio, Níquel, Ferro e Hidrocarbonetos Totais.
A acrescentar, como elemento duplamente preocupante decorrente desta sugestão de monitorização é a necessidade de verificar a presença de metais pesados na água.
A água é vida, e eu exijo a preservação deste recurso acima de tudo. Não concordo com a Central Fotovoltaica de Estoi, uma vez que esta irá certamente reduzir o nível de água no aquífero e, com o tempo, poderá também poluí-lo. O projeto CFE não deve ser permitido neste local, por nenhuma entidade envolvida.
Este projeto apresenta-se como um atentado à biodiversidade existente. A vida de uma quantidade enorme de espécies será impactada por este projeto. Estas zonas são habitat de inúmeras espécies de fauna e flora, algumas com estatuto de proteção, que serão afetadas ao serem encobertas com a sombra de 175.000 painéis solar. Este projeto que irá alterar a fisionomia do lugar afetará negativamente as cadeias tróficas e o ciclos biológicos das espécies, bem como as funções e serviços dos ecossistemas.
A paisagem será profundamente alterada. Esta é uma paisagem cultural e mediterrânea riquíssima, quase intacta, que deveria ser protegida. O que antes era uma paisagem natural refrescante de água e ar puro, com vegetação, floresta e animais selvagens, tornar-se-à uma paisagem tórrida e impermeabilizada de painéis solares. Não há dúvida que este projeto irá alterar o estilo de vida das comunidades locais para pior.
O combate e mitigação dos impactos das alterações climáticas não se executa desta forma. Este projeto agudiza o problema climático, não apresenta soluções baseadas na natureza, afeta os ecossistemas e a vida selvagem, prejudica a vida das comunidades locais, e interfere negativamente no bom funcionamento do ciclo da água.
Por todos os motivos acima indicados reitero a minha oposição à localização e dimensão deste projeto.
(Assinatura ou nome completo)
WATER & BIODIVERSITY
(Viewing text only – USE PORTIGUESE VERSION ABOVE for you submission)
I, (Name), citizen card (no.) residing at (address), hereby express my DISAGREEMENT and OBJECTION to the Estoi Photovoltaic Power Station (CFE) and to the location of the photovoltaic panels between Cerro do Leiria, Barrocais, Pereiro and Peral, on both sides of the road N398; which suggests a profound change of 154 hectares of land of national ecological reserve for photovoltaic panels.
I believe that a solar plant in this location would be inappropriate due to the impact it would have on ecosystems, biodiversity, soil, water and local communities.
Most of the land earmarked for the construction of the CFE project is part of the National Ecological Reserve (REN), being aquifer recharge. This area of Cerro de Leiria, is the main maximum infiltration zone of the Peral-Moncarapacho aquifer and supplies water to thousands of people, extending beyond the limits of its 44 square kilometres of underground caverns.
Tree groups favour precipitation, lower air temperature, contribute to the retention of humidity, and because the reverse is also true, it seems unsustainable to cut down and eradicate thousands of shrubs and trees hundreds of years old in an area of water catchment for the aquifer. With the Algarve expected to become even drier in the coming years, it would not be sensible to clear and clear this land, thus accelerating the desertification process and the reduction of water in local boreholes.
As the NTS of Quadrant, the company contracted by Iberdrola, points out, the soil is mostly clay, which is another reason for not clearing the vegetation in order to maintain its permeability to water. Currently, this zone of maximum infiltration works well because the plants and their roots, which cover more than 84-94% of the land, together with the abundance of rocks and boulders, create sufficient spaces for the water to infiltrate into the underground aquifer. The removal of vegetation and the use of heavy machinery will leave the clay soil compacted and consequently impermeable to water.
Even the company explicitly confirms concerns about water levels, as the NTS reveals on page 43, with the proposed monitoring of various indicators, both of water levels and water characteristics, over a period of 3 years at various locations:
– At the JCS1 Barrocais catchment, which is located outside the study area of the Estoi photovoltaic project.
– The piezometric level and obtaining in situ parameters (pH, temperature, conductivity)
– Total Organic Carbon (TOC), Conductivity, pH, Temperature, Total Suspended Solids (TSS), Zinc, Copper, Lead, Cadmium, Chromium, Nickel, Iron and Total Hydrocarbons.
To be added, as an element of double concern arising from this suggested monitoring is the need to check the water for heavy metals.
Water is life, and I demand the preservation of this resource above all. I do not agree with the Estoi Photovoltaic Plant, as it will certainly reduce the level of water in the aquifer and, in time, may also pollute it. The CFE project should not be allowed in this location, by any entity involved.
This project presents itself as an attack on existing biodiversity. The lives of a huge amount of species will be impacted by this project. These areas are home to numerous species of fauna and flora, some with protected status, which will be affected by being covered by the shade of 175.000 solar panels. This project, which will alter the physiognomy of the place, will negatively affect trophic chains and the biological cycles of species, as well as the functions and services of ecosystems.
The landscape will be profoundly altered. This is a rich cultural and Mediterranean landscape, almost intact, which should be protected. What was once a refreshing natural landscape of water and fresh air, with vegetation, forest and wild animals, will become a torrid and waterproofed landscape of solar panels. There is no doubt that this project will alter the lifestyle of local communities for the worse.
Combating and mitigating the impacts of climate change is not done in this way. This project exacerbates the climate problem, does not provide nature-based solutions, affects ecosystems and wildlife, harms the lives of local communities, and negatively interferes with the proper functioning of the water cycle.
For all the above reasons I reiterate my opposition to the location and size of this project.
(Signature or full name)
EAU & BIODIVERSITÉ
(Texte à visualiser uniquement – UTILISER LA VERSION PORTIGUESE CI-DESSUS pour votre envoi)
Je soussigné(e), (nom), titulaire de la carte de citoyen (n°) et résidant à (adresse), exprime par la présente mon DÉSACCORD et mon OBJECTION à l’égard de la centrale photovoltaïque d’Estoi (CFE) et de l’emplacement des panneaux photovoltaïques entre Cerro do Leiria, Barrocais, Pereiro et Peral, de part et d’autre de la route N398 ; ce qui suggère un changement profond de 154 hectares de terres de réserve écologique nationale pour des panneaux photovoltaïques.
Je pense qu’une centrale solaire à cet endroit serait inappropriée en raison de l’impact qu’elle aurait sur les écosystèmes, la biodiversité, le sol, l’eau et les communautés locales.
La plupart des terres destinées à la construction du projet de la CFE font partie de la réserve écologique nationale (REN), car elles servent à recharger les aquifères. Cette zone du Cerro de Leiria est la principale zone d’infiltration maximale de l’aquifère Peral-Moncarapacho et fournit de l’eau à des milliers de personnes, au-delà des limites de ses 44 kilomètres carrés de cavernes souterraines.
Les groupes d’arbres favorisent les précipitations, abaissent la température de l’air, contribuent à la rétention de l’humidité, et comme l’inverse est également vrai, il semble insoutenable de couper et d’éradiquer des milliers d’arbustes et d’arbres centenaires dans une zone de captage de l’eau de l’aquifère. L’Algarve devant devenir encore plus sèche dans les années à venir, il ne serait pas judicieux de défricher et de déboiser ces terres, accélérant ainsi le processus de désertification et la réduction de l’eau dans les puits de forage locaux.
Comme le souligne le SNRC de Quadrant, l’entreprise engagée par Iberdrola, le sol est principalement composé d’argile, ce qui constitue une autre raison de ne pas défricher la végétation afin de maintenir sa perméabilité à l’eau. Actuellement, cette zone d’infiltration maximale fonctionne bien car les plantes et leurs racines, qui couvrent plus de 84-94 % du terrain, ainsi que l’abondance de roches et de blocs, créent un espace suffisant pour que l’eau s’infiltre dans l’aquifère souterrain. L’élimination de la végétation et l’utilisation de machines lourdes laisseront le sol argileux compacté et donc imperméable à l’eau.
L’entreprise elle-même confirme explicitement ses inquiétudes concernant les niveaux d’eau, comme le révèle le SNRC à la page 43, en proposant de surveiller divers indicateurs des niveaux et des caractéristiques de l’eau sur une période de trois ans à différents endroits :
– Au niveau du bassin versant JCS1 Barrocais, qui est situé en dehors de la zone d’étude du projet photovoltaïque Estoi.
– Le niveau piézométrique et l’obtention de paramètres in situ (pH, température, conductivité).
– Carbone organique total (COT), conductivité, pH, température, matières en suspension (MES), zinc, cuivre, plomb, cadmium, chrome, nickel, fer et hydrocarbures totaux.
Il convient d’ajouter, en tant qu’élément de double préoccupation découlant de la surveillance suggérée, la nécessité de vérifier la présence de métaux lourds dans l’eau.
L’eau, c’est la vie, et j’exige avant tout la préservation de cette ressource. Je ne suis pas d’accord avec la centrale photovoltaïque d’Estoi, car elle réduira certainement le niveau de l’eau dans l’aquifère et, à terme, pourrait également la polluer. Le projet CFE ne devrait pas être autorisé à cet endroit, quelle que soit l’entité impliquée.
Ce projet se présente comme une attaque contre la biodiversité existante. La vie d’un très grand nombre d’espèces sera affectée par ce projet. Ces zones abritent de nombreuses espèces de faune et de flore, dont certaines sont protégées, qui seront affectées par l’ombre de 175.000 panneaux solaire. Ce projet, qui modifiera la physionomie des lieux, aura un impact négatif sur les chaînes trophiques et les cycles biologiques des espèces, ainsi que sur les fonctions et services des écosystèmes.
Le paysage sera profondément modifié. Il s’agit d’un paysage culturel et méditerranéen riche, presque intact, qui devrait être protégé. Ce qui était autrefois un paysage naturel rafraîchissant d’eau et d’air frais, avec de la végétation, des forêts et des animaux sauvages, deviendra un paysage torride et imperméabilisé de panneaux solaires. Il ne fait aucun doute que ce projet modifiera le mode de vie des communautés locales pour le pire.
La lutte contre le changement climatique et l’atténuation de ses effets ne se font pas de cette manière. Ce projet exacerbe le problème climatique, n’apporte pas de solutions basées sur la nature, affecte les écosystèmes et la faune, nuit à la vie des communautés locales et interfère négativement avec le bon fonctionnement du cycle de l’eau.
Pour toutes ces raisons, je réitère mon opposition à l’emplacement et à la taille de ce projet.
(Signature ou nom complet)